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"Tal como surgiu diante dos meus olhos, a esta hora meridiana, fez-me a impressão de uma alegre oficina da sabedoria." (Umberto Eco, O Nome da Rosa)
Uma vez, um Português encontrou uma Superfície e ficou a congeminar que coisas estariam a mover-se por baixo dela. Como as não via, tudo poderia imaginar e, imaginando, multiplicava as coisas que, verdade ou mentira — isso não lhe interessava nada — poderiam estar por baixo da Superfície. E, multiplicando-as, todo um mundo de cores e sons o maravilhava, existisse ele ou não por baixo da Superfície. Achou isso tão divertido, tão excitante, que, entretido, nunca mais se lembrou de que, se se ocupasse a arredar a Superfície, poderia realmente ver e conhecer as coisas, em vez de ficar para sempre a fantasiar.
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