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"Tal como surgiu diante dos meus olhos, a esta hora meridiana, fez-me a impressão de uma alegre oficina da sabedoria." (Umberto Eco, O Nome da Rosa)
Na verdade, o João, imaginariamente, estava mesmo a ver a tinta das palavras de um poema, ali soterrado, a dissolver-se na água da chuva e, depois, sugada pela raiz, a subir até às folhas de uma planta, alimentando-a e fazendo-a crescer. Como se as folhinhas verdes estivessem a beber um refresco de poesia. Que grande imaginação! Achava giro imaginar que uma erva pequenina bebia ou lia um poema. E que, um dia, essa ervinha se transformaria numa árvore. E que a árvore seria transformada em papel. E que, depois, nesse papel, se voltaria a imprimir o poema que ela, quando era pequenina, tinha absorvido.
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