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"Tal como surgiu diante dos meus olhos, a esta hora meridiana, fez-me a impressão de uma alegre oficina da sabedoria." (Umberto Eco, O Nome da Rosa)
... Entretanto, timoratos do abandono à literatura, os criadores retraem-se. Náufragos em pífias ondulações, por incapazes de suportarem o menoscabo que a literatura pura e dura mereceria aos donos da visibilidade dos livros e da possibilidade da sua leitura, preferem deixar de lado a genuína invenção literária e fazem vantajosas e notórias parcerias com sólidas e emergentes matérias factuais. Descreem da esperança de leitura, ou sequer da esperança de vida, de um fruto imaginário. É que não estão cá para criarem objetos de desdém! E a literatura fica cada vez mais implícita. A criação literária retira-se para lugares de nevoeiro. Mal se vê. Às vezes, deseja-se. Alguns, poucos, desejam-na.
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