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"Tal como surgiu diante dos meus olhos, a esta hora meridiana, fez-me a impressão de uma alegre oficina da sabedoria." (Umberto Eco, O Nome da Rosa)
«Mas, se já alguma hora da historia impoz aos que fallam alto entre os povos obrigações de seriedade, de profunda abnegação, de sacrificio do eu ás tristezas e miserias da humanidade, de trabalho e silencioso pensamento; se alguma hora lhes mandou serem graves, puros, crentes, é certamente esta do dia de hoje, da edade de transformação dolorosa, de scepticismo, de abaixamento moral, de descrença, que é o nosso seculo. Refundem-se as crenças antigas. Geram-se com esforço novas idêas. Desmoronam-se as velhas religiões. As instituições do passado abalam-se. O futuro não apparece ainda. E, entre estas duvidas, estes abalos, estas incertezas, as almas sentem-se menores, mais tristes, menos ambiciosas de bem, menos dispostas ao sacrifício e ás abnegações da consciencia. Ha toda uma humanidade em dissolução, de que é preciso extrahir uma humanidade viva, sã, crente e formosa.
Para este grande trabalho é que se querem os grandes homens. Sahirão esses heroes das academias litterarias? das arcadias? das sinecuras opulentas? dos corrilhos do elogio-mutuo? Sahirão as aguias das capoeiras?»
in BOM-SENSO E BOM-GOSTO
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