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"Tal como surgiu diante dos meus olhos, a esta hora meridiana, fez-me a impressão de uma alegre oficina da sabedoria." (Umberto Eco, O Nome da Rosa)
Existe a ideia de que, só por estarmos expostos à presença de livros e os termos no nosso ambiente doméstico, havemos de ser leitores. Não creio. A leitura não se transmite por osmose, é necessário fazer gestos e ações explícitos, expondo, mais do que os livros, os sonhos, os surtos de imaginário, por vezes desenfreado, que tivemos ao lê-los. Os mundos em que entramos ao ler, por exemplo, um grande romance ou um grande poema são da ordem do sonho e, não havendo nada mais pessoal do que os sonhos já que os sonhos temos de ser nós a sonhá-los, podemos, no entanto, pô-los em comum, contá-los. Assim, podemos abrir as nossas leituras a quem menos lê ou não lê ou ainda não lê, expondo-os não apenas à presença de livros, mas sobretudo de leituras.
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