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"Tal como surgiu diante dos meus olhos, a esta hora meridiana, fez-me a impressão de uma alegre oficina da sabedoria." (Umberto Eco, O Nome da Rosa)
Um dia, ao dar dos primeiros passos na adolescência, fui encontrada pelas Prosas Bárbaras do Eça e, como diria António Nobre, «Ó sonho! Ó maravilha!/Fazer parte de uma quadrilha...», neste caso de uma metafórica quadrilha de personagens de tragédia, de mortos e abutres, de fogos e de forcas, de ladainhas de dor, de diabos e de deuses, emboscados numa prosa visionária que era poesia, sonho, fantástico, música...! Pairar, pouco conscientemente, naquele mundo tentador e arrepiante! Era o início da imensa descoberta de Eça de Queirós que haveria de me levar a mundos muito diferentes. Era o semear da saudade futura daquela arte narrativa sem igual, daquela mestria verbal.
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