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"Tal como surgiu diante dos meus olhos, a esta hora meridiana, fez-me a impressão de uma alegre oficina da sabedoria." (Umberto Eco, O Nome da Rosa)
Para que um professor forme leitores tem de ser um grande leitor. Não basta querer, não basta desejar, tem de ser. Ser leitor é ter lido. Se para ensinar gramática é necessário saber profundamente a gramática da língua, para formar leitores é imprescindível ser um grande leitor, o que implica quantidade, qualidade, critério, sentido crítico, abrangência e diversificação de leituras, sensibilidade. Implica dados, informação, mas também emoções. Implica experiência e reflexão. Motivar para a leitura não se reduz a «mandar ler», «aconselhar a ler», a pregar a «bondade da leitura».
É necessário mostrar-se leitor em pessoa, em espécie, contar pequenas histórias de quando se estava a ler um certo livro, pequenas ou grandes descobertas, surpresas, curiosidades, episódios, como se ler fosse uma das linhas interessantes do decorrer da vida. Presença, projecção, modelo, em vez de espectacularidade e tecnicismo.
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