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"Tal como surgiu diante dos meus olhos, a esta hora meridiana, fez-me a impressão de uma alegre oficina da sabedoria." (Umberto Eco, O Nome da Rosa)
O tempo existe porque há memória. O tempo existe porque há registo. A memória e o registo fabricam um rasto: o tempo. E, para o dizermos, inventamos uma imensa gramática. Sem memória, sem registo, em vez de vivermos no lume brando e sempre ateado do tempo, viveríamos em autocombustão permanente: em vez de passado, cinzas. O futuro é pura ideia, puro pensamento, vontade de reinventar a memória. O tempo não é sensorial como o espaço: não o ouço, não o vejo, não o cheiro, não o apalpo, não o saboreio. Lembro-o. Digo-o. É linguagem.
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