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"Tal como surgiu diante dos meus olhos, a esta hora meridiana, fez-me a impressão de uma alegre oficina da sabedoria." (Umberto Eco, O Nome da Rosa)
Um monge jovem era o responsável pelo jardim do templo. Um dia, quando esperavam a visita de importantes convidados, o jovem monge tratou o jardim com extremo cuidado: tirou as ervas daninhas, podou os arbustos, varreu o musgo e gastou muito tempo passando o ancinho meticulosamente e cuidadosamente tirando as folhas secas do outono. Enquanto ele trabalhava, um velho monge observava-o. Quando terminou, o monge jovem afastou-se um pouco para admirar seu trabalho:
— Não está lindo? — perguntou ao velho monge.
— Sim — replicou o ancião — mas falta uma coisa muito importante.
Vagarosamente, o monge mais velho caminhou até à árvore mais próxima do centro do jardim e sacudiu-lhe o tronco com força. As folhas desceram suavemente com a brisa e caíram por sobre todo o jardim.
— Pronto! — disse o velho monge — Agora está bem.
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